28.6.09

Visões

No horizonte deformado pelo gás
Pendurado por cabos de aço
Blocos de concreto
Que outrora foram almas

Lá para longe, na distância
Caminhando sobre cinzas e pó
Jarros de barro
Que um dia foram vidas

No fundo do abismo sem rosto
Flutuando sobre a névoa
Estilhaços de vidro
Que perderam-se no destino

Lá onde a fronteira se cruza
Cavalgando chão vermelho
Rochas inertes
Que outrora foram calmas

No início da insanidade pura
Presos por fios de aço
Pirâmides de cristal
Que um dia foram mentes

No todo da planície deserta
Deslizando com o vento
Pedaços de pétalas
Que perderam-se no caminho

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